FEIRA DAS NAÇÕES

O Projeto Interdisciplinar FEIRA DAS NAÇÕES, teve como proposta unir as disciplinas da Área de Ciências Humanas e Ensino Religioso...

O Projeto Interdisciplinar FEIRA DAS NAÇÕES, teve como proposta unir as disciplinas da Área de Ciências Humanas e Ensino Religioso com intuito de instigar a pesquisa. Reunidos em grupo (virtualmente) os jovens escolheram um país e iniciaram o processo exploratório, levando em consideração vários aspectos como: questões econômicas, sociais, ambientais, históricos, culturais, geográficos, científicos, políticos, espirituais e filosóficos.

Edgar Morin (2015) comenta que, o conhecimento fragmentado em disciplinas é ineficiente para promover ligações entre as partes e as totalidades. Precisa haver conhecimento que possibilite o ser humano conhecer os objetos em seus contextos e conjuntos. A partir da pesquisa, o estudante adquire experiência e é incentivado a olhar, refletir, compreender e respeitar o mundo e suas diferenças culturais.

Considerando que o ensinar requer a inquietação para fomentar o desejo por conhecimento, Paulo Freire (1996) também avalia que o exercício da curiosidade instiga a imaginação, a intuição, às emoções, a capacidade de conjecturar, de comparar, na busca da perfilização do objeto ou do achado de sua razão de ser.

Esta atividade despertou para gosto da leitura, curiosidade e motivação para a aprendizagem. Ainda, os estudantes aprenderem habilidades acadêmicas para tratar os temas e conhecimentos, fazendo uma ponte significativa entre as experiências espontâneas e os conteúdos curricular. O projeto lançado esta pautado no ensino de Paulo Freire, que possui uma base teórico-metodológica a qual habilita e dá condições ao ser humano de refletir e se orientar no ambiente em que se encontra. Conforme sinaliza, esse ensino pode ser proporcionado pelo meio da pesquisa:

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. [...] Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, contatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. (FREIRE, 1996, p. 29).

Assim, o papel da escola é uma das vias para a formação/construção e instrumentalização do ser humano, que ao se apropriar de novos conhecimentos de mundo, passa a se posicionar criticamente no lugar em que interage, motivando e transformando a realidade individual e coletiva. Produzir conhecimentos por meio da pesquisa e vivências é um caminho pedagógico para que o estudante aflore sua autonomia. A valorização e as conexões disciplinares que o Projeto FEIRA DAS NAÇÕES ofereceu, possibilitou entrelaçar os conhecimentos, proporcionando reflexões, sentidos e compreensões para o estudante.

O PROJETO vem de encontro com os saberes cognitivos e também foi pensando como proposta de manter um diálogo entre os jovens, que em meio a pandemia, acabaram criando um certo distanciamento. Identificar as adversidades e buscar alternativas para suprir as necessidades criadas neste novo formato de ensino também é papel do professor e da escola. Nós da Escola Técnica Bom Pastor sempre tivemos um olhar especial para o ser humano e muitas das metodologias pedagógicas são pensando nisso.

A culminância do Projeto se dará em formato de Seminário, onde o estudante terá possibilidade de desenvolver mais uma das habilidades tão necessárias atualmente. Criar estratégia de apresentação, para a turma e todos os professores envolvidos, a partir de meios digitais.

Nos engrandece estar ao lado do jovem estudante, instigando, descobrindo, recriando, orientando novas possibilidades.

Professores envolvidos na proposta: Cristel Roloff, Dilson Jahn, Fabiano Hanel dos Santos, Leonardo Bartel e Silvio Peters

Referências:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

MORIN, Edgar. Ensinar a viver: manifesto para mudar a educação. Porto Alegre: Sulina, 2015.

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